27 de jan. de 2011

Sistema...


O sistema capitalista rege a educação como parte de um sistema ideológico e oprime qualquer objeção a outro sistema econômico, usando todos os meios para persuadir e impor suas verdades inquestionáveis como solução para nossos problemas que por ventura são gerados pelo mesmo, manipula a educação para sua manutenção econômica alimentando a alienação do pensamento e da apropriação de mão de obra alheia ao próprio beneficio. Desde os primórdios somos submetidos a uma escola instituída pelo estado, que gerencia uma vontade elitista e transforma a educação em mercadoria, num sistema onde não mais existe uma educação voltada para a construção do ser humano e sim de uma vontade mercadológica, onde se forma o sujeito polivalente, específico em superficialidades técnicas importantes no mundo pós-moderno, que troca uma utopia modernista pelo imediatismo, que cultua diretamente o corpo e suas vontades, perdendo seus valores, sua historia, se tornando um homem descomprometido com sua realidade, evidenciando o “eu” acima de tudo.
O papel do professor nesse contexto se complica perdendo seu valor, sendo redirecionado á um proletário, fruto de um sistema estrutural que molda toda e qualquer habilidade e conhecimento ao contexto atual, beneficiando os processos produtivos, fazendo com que o desenvolvimento dos indivíduos se baseie em utilidade para o mercado de trabalho, reproduzindo assim a lógica capitalista, transformando o sujeito sem provocar um conhecimento integral, mas o necessário para sua subsistência.
Para que haja uma mudança é necessário a transformação de todo um sistema, uma lógica mais humanista, um maior entendimento desse sistema imperialista que nos consome desde o centavo do salário ao sonho roubado, num mundo de ilusões mercadológicas, onde uma mercadoria se torna o sujeito e nós sujeitos em mercadorias. Uma vertente dessa mudança está em nossas mãos, professores, que entre quatro paredes podemos germinar a semente da sabedoria, da utopia, dos sonhos roubados, do entendimento ao conhecimento de novas ideologias, onde o conhecimento se faz necessário, são sim nessas quatro paredes que nos tornamos donos de nossos próprios narizes, onde podem ser desenvolvidos todos e não parte do potencial humano para uma liberdade não condicionada, uma democracia verdadeira, onde talvez o único, germine em silêncio.

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