25 de fev. de 2011

Essencial???



Andava lendo sobre algumas coisas relacionadas com o início, mas descobri o meio e também o fim, que para alguns é apenas um recomeço. 
Certamente crescemos com ideologias, valores que são transmitidos para nos de uma forma suave, mas que transforma brutalmente nossas vidas nos arremetendo á escolhas, que nos privam de certos sentimentos e valores desconhecidos em nossa sociedade. Ando tentando entender algumas coisas que me perseguem, acabo caindo em outras que preciso estar por perto, mas, procuramos exatidões, conceitos, racionalização, utopia, uma tentativa de explicar e simplificar o preenchimento de nossos vazios internos, que tira nosso sono e nos trazem uma incógnita (?), ou várias delas, mas a questão se tornou um fato, um vazio ou ó vazio existe. Precisamos aprender para solucionar e tentar entender o grande mistério que é sobreviver. Roubaram nossos sonhos, poderíamos ser fontes infinitas de sonhos se tudo não fosse tão racionalmente engajado, até as loucuras são parâmetradas, insanidades tratadas e classificadas, mas quem vai classificar ou ao menos encontrar o culpado pelo insano caminho ao qual “todos” devem seguir coercitivamente, se transformando em uma parte ou parcela do qual deve pertencer? Quem vai julgá-lo?
Aprendemos a engolir conceitos ao invés de entendê-los e transformá-los.
Aprendemos a viver a vida dos outros ou á que escolheram para nós, padronizadamente, seguindo e não alterando.
Uma vez em uma leitura do livro sagrado, aprendi que Deus cobra de cada pessoa de uma forma única, Ele exclui julgamentos e nos da à maravilhosa “livre escolha”, diz que a verdade nos libertará se á conhecer-mos.
Como conhece-la? O que fazer com ela?
 Penso como se fosse uma casa de espelhos, qual das imagens é a correta?
Só você pode dizer, porque é você.
Vc se sente, vc sabe qual é a verdadeira.
O resto é ilusão que quer afastar vc de vc mesmo, de suas próprias escolhas, de sua própria vida.
As vezes precisamos fechar os olhos para nos encontrar diante tantas ilusões.
Porque o essencial é invisível aos olhos!

21 de fev. de 2011

SEM CORAÇÃO - PADRE JONAS ABIB

Eu ando pelas ruas sem meu coração
As luzes desta noite não me prendem mais
Deixei-o no sacrário após a comunhão
E trago no meu peito a mais profunda paz

Ó meu Jesus, que posso mais buscar
Depois de abandonar meu ser em tuas mãos
A tua luz eu quero irradiar
De dentro do meu lar ao lar dos meus irmãos

Você não tenha medo de viver assim
Trocando a vida inteira por um grande amor
Pois tudo aqui na vida sempre tem um fim
Só é perene a vida que vem do Senhor

As contradições do corpo

Meu corpo não é meu corpo,
é ilusão de outro ser.
Sabe a arte de esconder-me
e é de tal modo sagaz
que a mim de mim ele oculta.
(...)
O seu ardil mais diabólico
está em fazer-se doente.
Joga-me o peso dos males
que ele tece a cada instante
e me passa em revulsão.
(....)
Meu corpo ordena que eu saia
em busca do que não quero,
e me nega, ao se afirmar
como senhor do meu Eu
convertido em cão servil.
Meu prazer mais refinado,
não sou eu quem vai senti-lo.
É ele, por mim, rapace,
e dá mastigados restos
à minha fome absoluta.
Se tento dele afastar-me,
por abstração ignorá-lo,
volta a mim, com todo o peso
de sua carne poluída,
seu tédio, seu desconforto.
Quero romper com meu corpo,
quero enfrentá-lo, acusá-lo,
por abolir minha essência,
mas ele sequer me escuta
e vai pelo rumo oposto.
Já premido por seu pulso
de inquebrantável rigor,
não sou mais quem dantes era:
com volúpia dirigida,
saio a bailar com meu corpo

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Corpo. Rio de Janeiro, Record, 1984).

20 de fev. de 2011

O Último Pôr-do-sol (Lenine)


A onda ainda quebra na praia,
Espumas se misturam com o vento.
No dia em que ocê foi embora,
Eu fiquei sentindo saudades do que não foi
Lembrando até do que eu não vivi
pensando nós dois.
Eu lembro a concha em seu ouvido,
Trazendo o barulho do mar na areia.
No dia em que ocê foi embora,
Eu fiquei sozinho olhando o sol morrer
Por entre as ruínas de santa cruz lembrando nós dois
Os edifícios abandonados,
As estradas sem ninguém,
Óleo queimado, as vigas na areia,
A lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos,
Por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas
Pois no dia em que ocê foi embora,
Eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,
O último homem no dia em que o sol morreu

19 de fev. de 2011

Metallica [Nada mais importa]

Tão perto, não importa quanto longe
não poderia ser muito mas vindo do coração,
sempre confiando em quem nós somos
e nada mais importa

nunca me abri desse jeito,
as vidas são nossas nós vivemos do nosso jeito,
todas essas palavras eu não apenas digo
e nada mais importa

confie eu procuro e acho em você
todos os dias para nós algo novo
abrir a mente para uma nova visão
e nada mas importa

nunca me importei pelo o que eles fazem
nunca me importei pelo o que eles sabem
mas eu sei

Tão perto, não importa quanto longe
não poderia ser muito mas vindo do coração,
sempre confiando em quem nós somos
e nada mas importa

nunca me importei pelo o que eles fazem
nunca me importei pelo o que eles sabem
mas eu sei

nunca me abri desse jeito,
as vidas são nossas nós vivemos do nosso jeito,
todas essas palavras eu não apenas digo
e nada mais importa

confie eu procuro e acho em você
todos os dias para nós algo novo
abrir a mente para uma nova visão
e nada mas importa

nunca me importei pelo o que eles dizem
nunca me importei pelos jogos que eles jogam
nunca me importei pelo o que eles fazem
nunca me importei pelo o que eles sabem
e eu sei...!yeah

Tão perto, não importa quanto longe
não poderia ser muito mas vindo do coração,
sempre confiando em quem nós somos
e nada mas importa

15 de fev. de 2011

Falta!?!?

vazio q me consome como a distancia q priva
toda a necessidade da necessidade
a falta q a falta faz
o q ainda resta é esperança de um suave sentimento q ao mesmo tempo
se fortalece não por sua estrutura bruta,
mas sim pelos pequenos detalhes de um simples e embalado som de sim
o sim pela escolha, pelo despertar dos desejos
pelo atrevimento descontinuo da teimosia
demasiadamente favoravel ao bem estar amoroso,
e pelo crescimento do medo da solidão 
amor eterno q enquanto durar é necessario se fartar
amo-te mas descepciono a cada dia com atitudes
contrarias a tudo o q diz e a tudo o q sente,
c realmente sente o q diz

11 de fev. de 2011

Eu levo ou dêxo os pato???

Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Foi averiguar e constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus patos, disse-lhe:
 
-    Oh, bucéfalo anácrono!!!... Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica, bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
 
E o ladrão, confuso, diz:
-    Dotô, rezumino...  Eu levo ou dêxo os pato???...

8 de fev. de 2011

...ou a vida é uma louca aventura, ou não é nada.

Escolhas e caminhos...


sabemos que o mundo muda,constante, embora lentamente.mas satisfaz-nos saber que, no derradeiro dia, estivemos do lado do progresso e da mudançae não do retrocesso ou paralisação.

sabemos que é difícl a luta,empolgante, porém. mas é-nos grato abraçar quem nela caminha a nosso lado e levanta alto o punho da transformação.

não podemos conhecer o caminho, tampouco saber quanto dele está por percorrer. todavia, o mais importante é termos a certeza de que esse caminho aí está, inevitável.

que melhor fim pode ter um ser humano que não ser, isso mesmo, humano

Texto retirado do blogg pedra contra canhões

Já não há tempo para que a poesia se dê ao luxo
de passear nos bosques encantados e nos egos poluídos
dos intelectuais de escrivaninha.

já não há tempo para que os versos se ostentem,
bem rimados, construídos, bem ritmados, bonitos,
nos corações vazios da burguesia.

é urgente que as palavras ganhem o peso das pedras,
se revoltem com os que vivem sem poesia e sem pão.
não há tempo para brincar aos poetas, ao depressivo snob en vogue.

só nos resta tempo para que se não nos acabe o tempo,
para que gritemos ainda que não abdicámos do futuro,
com propriedade, ou mesmo sem.

6 de fev. de 2011

Feito uma menina...


De caso com o acaso e Ela é tão menina
se deixou levar e agora esta sozinha, perdida
não vá pensando agora que está resolvida
menina, louca menina se entregou e agora esta sozinha
se não for, há quem torça,
pra você estar, pra você se ligar
no tal do amor que se entrega á qualquer aventura
ele nunca amor, deu a minima
menina, doce menina, se entregou...
ele armou e agora se esconde feito uma menina
menina, doce menina, ele nunca deu a mininma
menina, meninaaaa.

Ainda é cedo amor
vc é tão menina...

Caminhos...


Vou até onde a escrita me leva, deixando o acaso percorrer as teclas num texto sem nexo enquanto a mente vagueia, célere, por caminhos que a consciência evita percorrer. Tortuosos, possuem recantos escondidos e sombrios, onde até o meu mais profundo “eu” receia entrar. Desconheço parte de mim, ou deixei de me conhecer ao longo dos anos. Não me aceito. Não me respeito. Não gosto de mim. Desprezo a imagem que vejo reflectida nos olhos dos outros.
Quero um trampolim gigante onde possa saltar rumo ao infinito e, lá de cima, ver pequeninas as pessoas por quem passo agora indiferente. E, quando fizesse a viagem de retorno, aquela da qual não se volta nunca, fá-lo-ia finalmente com um sorriso nos lábios, ironia de quem sabe que, depois, nada importa.

2 de fev. de 2011

Fight club

Temos um inconsciente, que nos puxa para nossos recalques, traumas, desvios. Por outro lado, temos um superego, que puxa para o sentido contrário, superior. No meio desta briga, desta luta entre um e outro, entre o domar o inferior sem se perder nas contradições com o superior, estamos no terceiro, o do meio, o ego que somos nós. E, querendo ou não, uma hora vivenciamos estes pólos - que o digam as sombras dos pedófilos. Como no filme, a negação sucessiva leva o personagem à implosão. E daí, ele só sairá vivenciando.
"O homem que não atravessa o inferno de suas paixões também não as supera. Elas se mudam para a casa vizinha e poderão atear o fogo que atingirá sua casa sem que ele perceba. Se abandonarmos, deixarmos de lado, e de algum modo esquecermo-nos excessivamente de algo, corremos o risco de vê-lo reaparecer com uma violência redobrada."
Ou seja, é preciso movimentar. E não adianta fugir. A sombra estará ali, como ensina Carl Jung. Tudo é movimento, como ensinam os hindus. É preciso esvaziar a taça para receber o novo. Ganha quem perde, tudo passa. Mas passa mais rápido para quem não se apega, para quem enfrenta - até um dia descobrir que apenas se enfrenta.
Já uma vez antes, como crianças de tenra idade, nos encontramos em semelhante estado de desamparo, em relação a nossos pais. Tínhamos razões para temê-los, contudo estávamos certos de sua proteção. Com relação à distribuição dos destinos, persiste a desagradável suspeita de que a perplexidade e o desamparo da raça humana não podem ser remediados. Isto justifica o anseio do homem pelo pai e pelos deuses, que mantém sua tríplice missão: exorcizar os terrores da natureza, reconciliar os homens com a crueldade do destino, particularmente a demonstrada pela morte, e compensá-los pelos sofrimentos e privações que a vida lhe impôs. Assim se criou a RELIGIÃO, da necessidade que tem o homem de tolerar o desamparo, e construída com o material das lembranças do desamparo de sua própria infância, na continuação de um protótipo infantil universal."
Sobrevivi,
Por ser muito mais que o ser fugaz das tramas que criei
Hoje sou muito mais
Do que acharam que eu deveria ser
Sei que estar aberto
É estar bem longe da ferrugem a corroer
Há muito deixei para trás o meu primeiro passo rumo ao infinito
Aonde o vento me levar
Nada nem ninguém me impedirá de experienciar!
Após esta negação, sobrevivemos. E, no nada, encontramos o tudo. É hora de uma outra oitava para vivenciar o mesmo religioso, psicológico. Somos mais que um.


Somente após uma desgraça conseguirá despertar
Somente depois de perder tudo, poderá fazer o que quiser
Nada é estático
Tudo é movimento
E tudo esta desmoronando
Esta é sua vida
e ela acaba um minuto por vez
.

1 de fev. de 2011

Meu norte

...pq vc passou em um caminho desconhecido pra me encontrar
e lá estarei, esperando vc
em um lugar combinado
pq tbm vou me machucar até chegar lá
e sei q vc vai limpar minhas ferídas tbm
e isso vai nos mover dentre os caminhos mais tortuosos
e nossa recompensa vai ser maior q nossos sonhos e expectativas.
Estou voltando da metade de um caminho perigoso
pq sei q vc não estará lá quando eu chegar
mas, se eu conseguir ouvir seus gritos
voltarei novamente
pois estou atentamente esperando algum sinal que indique o meu norte...