5 de mar. de 2013

O silêncio

Silêncio, porque me estimula a aprender esse eu que é o meu; porque me obriga a manter-me fixo na infinita instabilidade da vida e a voltar para mim o espelho côncavo com que dantes procurava abarcar a vida fora de mim mesmo. Esse silêncio agrada-me porque me sinto capaz desse esforço e com coragem para segurar o espelho, mostre-me ele o que mostrar, o meu ideal ou a minha caricatura. 
Exigências absolutas feitas a qualquer pessoa que queira viver uma existência verdadeiramente autêntica.
Talvez o silêncio seja apenas um deserto, um momento único onde procuraremos toda a essência da felicidade, como o silêncio das estrelas segundo Lenine, da a ideia de um silêncio nostálgico e observador.

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