22 de jun. de 2011

hã?


...essa tal muralha que pode ser vista da lua, seria apenas uma cicatriz de uma forte desilusão que nos separou definitivamente. Não poderia restar apenas um buraco e sim uma real cicatriz que divide onde estou de onde estava, talvez melhor dizendo, ilusões e realidade. Vivi por muito tempo de ilusões e sonhos que nunca me levaram á lugar algum e mesmo assim seria muito pior despreza-los, de certa forma nos incentiva, nos faz arriscar, lutar e morrer, porque realizar por completo todos é uma forma de sonhar mais alto. No fim morremos de fato, mas somente por um aspecto, acordamos aprendendo a enxergar como a vida realmente nos ensina e é de uma forma bruta e cruel. Toda a mídia enchendo você de sonhos e possibilidades das quais possuem um efeito colateral terrível em seu bolso no mínimo. O grande pecado do homem esta em seu excesso, em nunca se preencher de forma satisfatória, sempre querendo  mais e mais, sempre nos instigamos até perder pelo excesso, vencer pelo cansaço que não nos traz orgulho, uma overdose de coisas que queremos até perder o sentido e não sentir mais prazer. Precisamos de tempo em tudo que fizermos e equilíbrio em todas as situações, porque às vezes, o caminho é melhor e mais prazeroso, nos alimenta, nos move, direciona, ascende algo positivo que muitas vezes é apagado pela chegada, fim, acabam-se os cuidados, os defeitos maravilhosos tornam-se detestáveis e se perde o grande medo da perda por uma overdose de segurança, um excesso de confiança em si mesmo. Não digo que conquistar aquilo que realmente queremos é ruim, pelo contrário, é maravilhoso, mas é nesta hora que precisamos nos afastar daquilo que nos move, emoção, segundo Nit a tragédia é que nos move e mostra nossa capacidade de crescer e enfrentar as dificuldades, mas será sempre preciso que aconteça algo ruim para nos tornarmos “melhores”?

Nenhum comentário: